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Sinopse:
O último representante de uma alta casta insiste em manter o padrão de vida de seus antepassados, mesmo vivendo uma situação cada vez mais difícil. Uma das coisas da qual não abre mão é a enorme sala de música de sua mansão. Seu amor à música e seus atos acabam levando sua família à ruína. O filme narra a decadência de um nobre (Roy) que representa a tradição e diante da subida de status seu vizinho, um prestador de serviços, convertido rapidamente num novo rico, este plot serve para Ray bombardear o espectador com uma espetacular sequeência de cenas ricas e sutis (vê-se num mesmo plano um elefante e um carro), que aponta matizes e detalhes, que se valem de constantes simbolismos e metáforas essenciais a narração (a lâmpada, o inseto, o cavalo...) e cujo os movimentos da câmara se mostram imaginativos, ágeis e fortemente fluidos. Quando retrata queda dos poderosos e da nobreza na Índia, tem pontos em comum com obras emblemáticas do calibre de, Soberba, de Welles (e por extensão com outros personagens de sua obra). El Gatopardo de Visconti, e certamente não deixa nada a desejar. Extraordinária obra-prima de Ray, que reafirma o imenso talento do diretor. Indispensável aos admiradores do cinema indiano.
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