Biografia:
Em 1951 ele ganharia a primeira oportunidade no cinema, justamente num filme de guerra: "Agora Estamos na Marinha". E ainda com o nome vedadeiro, Charles Buchinski. Daí em diante se seguiram vários e pequenos trabalhos, como ''Missão Perigosa em Trieste''. Por causa de sua origem, Charles tinha feições peculiares e ao mesmo tempo indefinidas. Não por acaso fez tantos papéis de pele vermelha, como em "Sangue de Apache", de Robert Aldrich, ou mesmo de gângster. Aí surgiu o convite para "Sete Homens e um Destino", de John Sturges. Um grande sucesso de crítica e público, o filme lhe abriu as portas para outros dois clássicos - "Fugindo do Inferno" e "Os Doze Condenados". Buchinski, agora, era Bronson. Charles Bronson. Amigo pessoal de Frank Sinatra, que o indicou em filmes como ''Os Quatro Heróis do Texas'' e ''Quando Explodem as Paixões''. Foi aceitando convites para rodar mais e mais filmes europeus, ente eles ''O Passageiro da Chuva'', de René Clément, e "Era uma Vez no Oeste", sob a direção do mestre Sergio Leone. Justamente desse período saíram seus melhores filmes, como "Adeus Amigo", no qual tinha um duelo com Alain Delon a partir de uma cela de prisão; e "Sol Vermelho", de Terence Young, estrelado por Toshirô Mifune. Charles Bronson estava satisfeito com a carreira, mas ainda faltava conquistar o público de seu país. Ele queria fazer sucesso na América. De volta a Hollywood como estrela, teve que aceitar papéis mais fracos em filmes menos importantes, a partir de ''O Segredo da Cosa Nostra''. Protagonizou papéis de durões, como assassinos, gângsteres e outros. Eram produções de ação muitas vezes dirigidas por Michael Winner. Foi com este diretor, em 1977, que Bronson estrelou o famoso ''Desejo de Matar'', cujo personagem decide empreender uma série de assassinatos de bandidos e criminosos para vingar a morte de sua família. ''Desejo de Matar'' ganharia mais quatro continuações, além de a idéia ter sido exaustivamente copiada. Ainda assim sobrevivendo a diversas críticas pesadas, devido ao excesso de violência.Mas era uma prova de seu incrível carisma, de autêntico astro, que sua carreira pôde resistir apesar de ter feito tantos filmes ruins, consecutivamente, e quase sem exceção. Sua última atuação é de 1999, na produção para TV ''Falsa Acusação'' (Family of Cops 3). A carreira do ator teve seu devido reconhecimento com uma estrela na calçada da fama, além de um Globo de Ouro em 1972, ao lado de Sean Connery.
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